Treino - Ginko

Um covarde pode ser tão bravo como qualquer homem quando não há nada a temer. E todos cumprimos o nosso dever quando ele não tem preço. Como parece fácil então seguir o caminho da honra. Mas, cedo ou tarde, na vida de todos os homens chega um dia em que não é fácil, um dia em que ele tem de escolher entre o que o seu coração manda, e o que é o certo. Robb ja tinha vivido aquele dia, o garoto que a pouco se tornara um homem, um homem que a pouco virara um heroi, ja sofria dia após dia, lembrando das cenas que permeavam sua mente, cenas de sua família sendo dizimada, por ninjas que ele admirava quando criança, ninjas que ja deviam ter morrido a muito tempo; sem duvida Robb tinha motivos de sobra pra desistir, pra viver sua vida como um ninguem, mas ele não ia desistir, muito menos viver sua vida como um ninguem, enquanto Suna precisasse dele ele não ia parar, e a ideia de deixar a vila nas mãos de um conselho cheio de burocratas que nunca tinham sentido o calor da batalha o irritava "Um governante que se esconde atrás de executores pagos, depressa se esquece do que é a morte", era a unica coisa que Robb conseguia pensar enquanto meditava, sentado sobre as dunas de areia, que haviam se juntado nas encostas de Suna.
Seus olhos se mantinham fechados, e suas mãos estavam juntas, em frente ao seu peito, os seus dedos formavam um circulo perfeito; qualquer ninja de alto nível de suna logo entenderia o que estava havendo, Robb estava realizando um antigo ritual, criado pelos anciões de suna para quebrar as barreiras que trancavam suas habilidades latentes, era um ritual considerado simbolico por muitos, mas não para Robb, ele sabia o que aquilo realmente significava; significava o aumento de suas forças, e com o fim da guerra Robb era o unico ninja que tinha força o suficiente em Suna, força para defende-la, força para um dia tirar a vila do controle do conselho, e coloca-la novamente na mão de um kazekage, e ele seria esse kazekage, ele era o unico que tinha condições de fazer isso.

-A noite chega, e agora começa a minha vigia. Não terminará até a minha morte. Não tomarei esposa, não possuirei terras, não gerarei filhos. Não usarei coroas e não conquistarei glórias. Viverei e morrerei no meu posto. Sou a espada na escuridão. Sou o vigilante nas muralhas. Sou o fogo que arde contra o frio, a luz que traz consigo a alvorada, a trombeta que acorda os que dormem, o escudo que defende os reinos dos homens. Dou a minha vida e a minha honra ao Pais do Vento, por esta noite e por todas as noites que estão para vir. - Diziam a voz de 12 homens em unisono; a voz de cada um se completava, como se eles fossem apenas um. Os homens estavam envoltos em uma escuridão profunda, que chegava a fazer suas silhuetas se confundirem, e sua própria existencia ondular, e por fim apenas um clarão que vinha junto a um grito ensurdecedor; grito esse que Robb repetiu ao se acordar, em meia a fria noite que fazia no deserto.

Já não eram tão frequentes aqueles sonhos, ainda sim, sempre que Robb tinha um, era ao certo mais uma noite em claro; e uma noite em claro naquele frio, era realmente algo terrível, "Pelo menos tenho algo a fazer", pensava Robb enquanto tateava o móvel de cabeceira de sua cama, em busca do livro que havia pegado na biblioteca, ele levava a sua mão esquerda até o cantinho da cabeceira, onde o livro estava quase caindo na fresta entre a parede e a cama; Robb entrelaça seus dedos envolta do livro, e o puxa pra perto do seu peito; quando o livro finalmente esta em seu campo de visão, o jovem jouunin lê o titulo com a vóz aspera - Selos e segredos dos maiores shinobis da história 2 - Robb abre o livro junto ao cessar de sua vóz, e o folheando, passa a ler alguns trechos, página após pagina, cada pagina o deixando mais e mais habilidoso, quanto aos selos.